sábado, 11 de junho de 2011

História 19: A queda de Lúcifer

A queda de Lúcifer
O querubim de luz rebela-se contra Deus, é lançado do céu com os seus anjos seguidores, assume o poder mundial, é condenado ao inferno e tenta enganar os homens para levá-los à mesma condenação dele.
Isaías 14:12-15; Ezequiel 28:13-17; Apocalipse 12:4-12


Antes do princípio, criou Deus um belíssimo jardim e lá colocou a mais perfeita e bela de todas as suas criaturas. O lindo jardim ficava no céu e a criatura perfeita não era Adão, mas sim Lúcifer, o querubim de luz. Assim formou Deus da luz do céu Lúcifer à sua imagem de glória e perfeição, colocando-o no jardim como a sua obra-prima.

Lúcifer acrescentava beleza ao jardim de Deus com a sua resplandecente luz e com a música que fazia soar de seus instrumentos musicais. Lúcifer excedia em formosura e sabedoria. O querubim de luz vestia-se com a preciosidade dos diamantes e naturalmente resplandecia como um sol. Por seu brilho próprio, era chamado por seu criador de “a estrela da manhã”. Lúcifer foi criado para ser perfeito e perfeito foi até que na sua mente nasceu o mal e nele se achou o pecado.

O orgulho de sua própria perfeição e o desejo de ser como Deus, fizeram Lúcifer rebelar-se contra o seu criador. Lúcifer dizia em seu coração que subiria ao céu e, acima de todas as estrelas de Deus, ergueria o seu trono. O querubim de luz começou a ofuscar-se quando o seu coração se encheu de soberba, voltando-se contra o domínio de Deus.

Houve uma grande batalha no céu entre Lúcifer e Miguel, o anjo guerreiro do céu. O belo querubim de luz assumiu a forma de um horroroso dragão e, junto com outros anjos rebeldes, batalhavam por um novo comando no céu.

Na batalha do céu, Lúcifer e seus anjos lutaram intensamente, mas não prevaleceram contra a força guerreira de Miguel e do seu exército. Derrotado, o lugar de Lúcifer não mais se achou no céu. Assim, o grande dragão e os anjos rebeldes foram derrubados do céu, precipitados na terra e condenados por Deus ao inferno.

Uma vez que Lúcifer não conseguiu estabelecer um novo reinado no céu, ele assumiu o comando do sistema mundial da terra, opondo-se a Deus. Lúcifer então passou a ser conhecido como Satanás, aquele que é adversário de Deus e acusador dos homens.

Lúcifer reapareceu na forma de uma serpente no Jardim do Éden, o paraíso criado por Deus na terra. No novo jardim de Deus, Lúcifer viu com inveja as novas obras-primas de Deus, o homem e a mulher, formados à imagem e semelhança do seu criador.

Recalcado, Lúcifer colocou em seu coração levar as criaturas humanas à mesma condenação que ele. Para destruir o homem e atingir Deus, ele usou desde o princípio a estratégia de enganar o homem e colocar no coração dele o desejo de ser igual a Deus. Satanás conseguiu enganar Adão e Eva fazendo-os pecar e cair junto com toda a raça humana. Ele também tentou fazer Jesus cair, oferecendo-lhe todo o poder na terra, mas Jesus não caiu, pois era aquele que venceria Lúcifer.

Nos dias de hoje, Lúcifer reaparece como um leão, que brama ao redor dos seres humanos o tempo todo buscando a quem possa tragar (I Pedro 5:9). Mas pelo poder do sangue do filho de Deus derramado na cruz, Satanás foi vencido e humanidade recebeu de Deus o perdão e a graça de ser salva da condenação destinada a Satanás e seus anjos. Isso porque Deus amou a humanidade de tal maneira que deu seu único filho para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16).

Leituras sugeridas

Is.14:12-15 - A queda de Lúcifer segundo o profeta Isaías
Ez.28:13-17 - A queda de Lúcifer segundo o profeta Ezequiel
Ap.12:4-12 - A batalha entre Lúcifer e Miguel
I Pe.5:9 - O diabo anda ao nosso redor bramando como um leão
Rm.8:1 - Nenhuma condenação há para quem está em Cristo Jesus
João 3:16 - Através de Jesus Deus salva o homem de perecer na condenação do pecado

Reflexão

Um pacto por uma vida e um fim de Dorian Gray

No famoso clássico da literatura o Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, Dorian Gray, admirado com a beleza do seu retrato pintado com perfeição em uma obra de arte, disse com toda a sua alma: “Se eu pudesse ser sempre moço, se o quadro envelhecesse!... Por isso, por esse milagre eu daria tudo! Sim, não há no mundo o que eu não estivesse pronto a dar em troca. Daria até a alma!"

No livro, o desejo de Dorian Gray se realizou. Os anos se passaram e Dorian Gray permanecia jovem e belo conforme foi pintado no quadro. Mas a alma de Dorian Gray ficou na imagem do quadro.

Dorian Gray passou a levar uma vida de vaidade guiada pelo prazer e pela beleza enquanto a sua imagem no quadro, com o tempo, envelhecia-se, estragava-se e ganhava uma horrorosa aparência. A cada mal que Dorian fazia a si mesmo e aos seus semelhantes, um novo estrago brotava na pintura de seu retrato.

Dorian sempre jovem, belo e aparentemente feliz, não podia suportar olhar o horror da pintura do seu retrato. Ele tentou esconder a imagem para fugir da realidade de perdição da sua alma. Mas a imagem de sua alma roubava-lhe a paz. O quadro envelhecia e apodrecia cada vez mais até que, um dia, o quadro começou a sangrar, após Dorian cometer um crime. Desesperado, Dorian Gray tentou destruir o quadro, mas destruiu para sempre a sua própria alma.

Muitas pessoas seduzidas pelo desejo de poder, beleza, fama, prazeres e riquezas fazem pacto com o Diabo. O retrato de Dorian Gray é uma ilustração fiel daquilo que acontece com aquele que vende a alma para o Diabo. Mas, ao contrário do destino de Dorian Gray, há salvação para a alma do homem, pois a Jesus foi dado todo o poder no céu e na terra para derrotar o Diabo e salvar o homem da condenação do pecado, desde que ele creia em Jesus e se arrependa dos seus pecados.

sábado, 4 de junho de 2011

História 18: A mãe dos cadáveres

A mãe dos cadáveres
A comovente história de uma mãe que dia e noite protegeu os cadáveres de seus filhos para não serem devorados por aves e animais selvagens.
II Samuel 21:1-14

No tempo em que Davi reinava em Israel, uma severa fome se estendeu por três anos consecutivos nas terras de Israel. Preocupado com a situação da sua terra, o rei Davi resolveu perguntar ao Senhor Deus por que a terra que manava leite e mel padecia de grave fome.

O Senhor respondeu a Davi que era por causa da casa sanguinária do antigo rei de Israel. O rei Saul e a sua casa cometeram muitos crimes e, mesmo ele já estando morto, o que ele e sua casa fizeram ainda incomodava o Senhor, principalmente, porque ele matou os gibeonitas.

Os gibeonitas eram estrangeiros que habitavam entre os filhos de Israel porque Josué fez uma aliança com eles de dar-lhes proteção de vida e , em troca, eles trabalhariam como servos dos israelitas (Josué 9:16-27).

Davi chamou os gibeonitas e perguntou-hes o que poderia ser feito para reparar todo o mal que o rei Saul lhes havia feito. Os gibeonitas disseram a Davi que não tinham intenção de matar qualquer pessoa em Israel, mas pediram sete filhos de Saul para serem enforcados em Gibeá.

Davi atendeu o pedido dos gibeonitas, no entanto, poupou a Mefibosete, filho de Jônatas, que era muito amigo de Davi.

Para serem enforcados pelos gibeonitas, o rei Davi escolheu os dois filhos de Rispa, que era concubina de Saul, e os cinco filhos de Merabe, filha de Saul.

Os filhos e netos de Saul escolhidos foram levados pelos gibeonitas e foram enforcados no monte Gilboa perante o Senhor.

Depois que aqueles sete homens foram enforcados, os corpos ficaram pendurados ao ar livre. E sucedeu que vendo Rispa, a mãe de dois dos enforcados, que os cadáveres estavam abandonados, tomou um pano de saco e fez um abrigo sobre uma rocha. Com grande tristeza no coração, Rispa permaneceu sozinha naquela fria rocha por vários dias vigiando os corpos de seus filhos e dos outros enforcados, até o dia em que as chuvas de outono caíram sobre aqueles corpos mortos.

Todos os dias, incansavelmente, Rispa impedia que as aves e os animais selvagens se aproximassem dos cadáveres pendurados. De dia, ela afugentava as aves e, de noite, os animais selvagens. Ali no monte, sozinha com aqueles cadáveres, afugentando os animais, Rispa tentava também afugentar a dor de perder seus filhos. Até que os corpos entrassem em total decomposição, aquela inconsolável mãe abandonou sua rotina e seus afazeres para fielmente velar e proteger os restos mortais de seus filhos e de seus parentes.

O rei Davi muito se comoveu ao saber o que Rispa havia feito pelos cadáveres e, por isso, ordenou que se enterrassem decentemente os ossos de Saul, de seu filho Jônatas e dos sete enforcados .

As águas de outono e o choro de Rispa que se derramaram em abundância naquele monte, onde desfaziam-se sete cadáveres, sinalizaram a paz de Deus com a terra, pois a fome chegara ao fim.

A homenagem de Rispa aos sete cadáveres foi reconhecida pelo rei Davi e perpetuada nas páginas sagradas da Bíblia como memorial de um amor sem fim, que é o amor de mãe.

Leituras sugeridas

II Sm.21:1-14 - A história de Rispa
Js 9:16-27 - Por que os gibeonitas habitavam entre os israelitas
Is.49:15 - O amor de Deus supera o amor de mãe
Pv.31:10 - Mãe, uma mulher virtuosa


Reflexão
Amor e dor de mãe


O curso natural da vida deveria ser pai e mãe morrerem antes de seus filhos. Se assim fosse, pais seriam poupados da insuportável dor de perder um filho, isto é, de perder a melhor parte de si mesmos. Um pai e, principalmente, uma mãe dão a vida para que um filho não pereça qualquer mal.

Infelizmente, muitas mães têm sofrido ao perderem seus filhos para as drogas e para a violência sem limites. Todos os dias os noticiários exibem os cadáveres de jovens e adolescentes caídos em calçadas vítimas da violência quase sempre precedida por consumo ou tráfico de drogas. Mas, o pior dessas cenas é sempre o desespero de mães que choram amargamente os corpos mortos de seus filhos. As mães desses cadáveres herdam para sempre a insuportável dor de perder seus filhos. O tempo até ameniza tamanha dor, mas nunca a repara.

Certa vez, Satanás disse para Deus: “Pele por pele. Tudo quanto o homem tem dará pela sua vida” (Jó 2:4). Um homem não conhece tanto o valor de sua vida quanto a própria mãe que o gerou, pois ela tudo quanto tem dará pela vida dele. Isso inclui noites de sonos, bens materiais, o sossego e até a própria vida para salvar a vida de um filho.

Ainda que um homem seja a pessoa mais odiada do mundo, ainda assim ele será amado por sua mãe. Ainda que ele seja o pior dos marginais, ela sempre o amará e acreditará na redenção de seu filho.

Quem entender a profundidade do amor de mãe, entenderá o mínimo do amor de Deus. Uma mãe faz tudo pelo seu filho, mas não pelos filhos das outras mães. O amor de Deus supera o amor de mãe pois ele sofre pela perda de qualquer ser humano e estende o seu imenso amor até para aqueles que mataram o seu filho mais amado. E ainda que a mãe se esqueça do seu filho, Deus não se esquecerá de nós (Isaías 49:15). Esse é o amor maior, esse é o amor de Deus.

domingo, 29 de maio de 2011

História 17: A casa dos espíritos

A casa dos espíritos

Um espírito imundo, acompanhado de mais sete espíritos piores do que ele, ocupam uma casa vazia e fazem grande estrago.

Lucas 11:24-28

Um espírito imundo ocupou uma casa por algum tempo. Ele entrou na casa porque as portas estavam abertas e a casa estava vazia. A pessoa que estava responsável por essa casa deixou de vigiá-la e a abandonou à própria sorte. O espírito se alojou na casa e de lá não saiu até que o próprio dono da casa o expulsasse. O espírito imundo não era bem-vindo àquela casa porque, sendo imundo, deixava a casa sempre suja e em grande desordem. O estado de imundícia e de bagunça da casa dava grande prazer ao espírito imundo. O maior divertimento dele era ter liberdade de fazer o que quisesse dentro da casa e lhe causar todos os tipos de danos até destruí-la.

O espírito imundo já havia ocupado aquela casa como se fosse propriedade dele. Porém, certo dia, o dono da casa, vendo que sua casa estava sendo depredada, expulsou o espírito imundo de lá com o seu poder e autoridade de verdadeiro dono da casa. Com muita resistência, o espírito imundo saiu da casa. Mas antes de deixá-la, ele depredou tudo o que pôde dentro da casa como uma forma de retaliação à sua expulsão.

O dono da casa conseguiu despejar o espírito imundo, mas sofreu muito em ver o estado de destruição em que a sua casa estava. Mas mesmo assim, ele estava disposto a reconstruí-la.

Depois de algum tempo, enfim, o dono da casa terminou a obra e a sua casa ficou nova, limpa e muito bem arrumada. Satisfeito com o trabalho que fizera, o dono voltou para a casa do seu pai e entregou a sua casa para a mesma pessoa que antes a vigiava.

Infelizmente, a pessoa encarregada de vigiar a casa foi negligente. Ela deixou mais uma vez a casa vazia com as portas abertas.

O espírito imundo, depois que foi expulso da casa onde estava alojado, começou a andar por lugares secos em busca de repouso. Depois de perambular por muitos dias e já cansado de buscar e não achar repouso, o espírito imundo disse para si mesmo: o melhor a fazer é voltar para a casa de onde saí. Assim, o espírito imundo deu meia-volta e fez o caminho de retorno a sua antiga e imunda residência.

Para grande surpresa do espírito imundo, a antiga casa estava com um lindo visual, mais espaçosa, limpa e perfeitamente arrumada. O espírito muito se alegrou, pois agora ele poderia fazer maior estrago.

Como se fosse celebrar uma grande festa, o espírito imundo saiu e trouxe consigo sete convidados, que eram sete espíritos mais imundos do que ele, pois eram verdadeiros espíritos de porcos.

Ao chegarem à casa nova, os sete espíritos de porcos e o espírito imundo lá se instalaram e fizeram uma verdadeira bagunça. Em poucos dias, o estado daquela casa, que deu tanto trabalho para ser reconstruída, tornou-se pior do que quando era habitada apenas pelo espírito imundo. A casa ficava cada vez mais imunda e, se o dono não fosse chamado a tempo, tão logo seria totalmente destruída pela zorra total dos espíritos imundos.

Essa história foi contada por Jesus a uma grande multidão para ensinar como os espíritos demoníacos agem na vida de um homem. A casa é a mente do homem, o dono da casa é Jesus e a pessoa responsável pela casa é o próprio homem. Jesus ensinou que a mente vazia com portas abertas facilita a entrada de demônios e dá a eles o comando de uma vida. Jesus também alertou que aquele que já foi salvo e volta para a vida antiga de pecados caminha para a destruição.


Entenda a história

(1) A Casa = Mente do homem

(2) Casa com portas abertas = Mente com pecados

(3) Casa vazia = Mente sem a palavra de Deus

(4) Dono da casa = Jesus

(5) Responsável pela casa = Homem

(6) Destruição = ação de demônios


Leituras sugeridas

Mt.12:43-45 - A casa dos espíritos imundos na versão segundo Mateus
II Pe 2:20-22 - Retornar à vida de pecados é voltar à lama e ficar em estado pior
Mt.10:1 - Jesus dá poder aos discípulos para expulsar espíritos imundos
Ef.6:12-17 - como proteger-se dos espíritos imundos
Pv.4:23 - Do coração (mente) procedem as saídas (decisões) da vida.


Reflexão


Espíritos zombeteiros e Poltergeist não são de brincadeira

(Veja o epsódio dos espíritos zombeteiros em: http://www.youtube.com/watch?v=QSR-Xw6DPVI&feature=related )

Um dos repetidos episódios da série de televisão humorística mexicana Chaves apresentou uma sessão tosca e cômica de uma comunicação com espíritos zombeteiros.

No final desse episódio, a Bruxa do 71 disse: “Foi bobagem. Porém eu já me convenci de que isso não é verdade. E que somente as pessoas ignorantes podem acreditar em mortos que aparecem ou em coisas semelhantes.”

O episódio não está sendo mais exibido e acredita-se que foi censurado por causa dessa afirmação ofender crenças religiosas ou pelo seu conteúdo impróprio do episódio para crianças.

A "Bruxa do 71" tem razão ao afirmar ser ignorância acreditar que os espíritos dos mortos aparecem. Pois na verdade não são os espíritos de mortos, mas sim demônios disfarçados. Isso é simples de compreender. Deus proíbe a prática de consultar mortos (Dt.18:10-11). A Bíblia também diz que quando uma pessoa morre o espírito volta para Deus que o julgará (Ec.12:7;Ap.20:12). Como a Bíblia proíbe consultar mortos e os mortos não sabem de coisa alguma (Ec.9:5), quem são os espíritos dos mortos com quem algumas pessoas afirmam conversar? Sim, são os demônios que se fazem passar por espíritos dos mortos. Lembre-se que Satanás engana desde o princípio e continua enganando para destruir vidas e afastá-las de Deus. Deus, portanto, proíbe a consulta aos mortos para não sermos vítimas das ações de demônios.

Não acredite que os espíritos zombeteiros e os poltergeist são espíritos brincalhões inofensivos. Isso não é verdade, porque espírito zombeteiro é aquele zomba e poltergeist é um fenômeno de perturbação. Satanás “brinca” para chamar à atenção, enganar e depois destruir. Não consulte demônios e nem “brinque” com eles. Siga a Bíblia!

História 16: As mães canibais

As mães canibais
Em tempo de extrema fome na terra de Samaria, duas mães combinam de cozinhar e comer os próprios filhos.
II Reis 6:24-33



No tempo em que Jorão reinava em Israel, Ben-Hadade, rei da Síria, cercou todas as terras de Samaria com suas tropas. Por ter suas fronteiras fechadas pela Síria, começou a faltar recursos dentro da cidade de Samaria. Como o comércio havia enfraquecido e a cidade estava desabastecida de recursos, até o que não tinha qualquer valor começou a ser vendido por alto preço. Em pouco tempo, faltava tudo na cidade e Samaria foi abalada por uma gravíssima fome. A situação ficou desesperadora tanto para ricos quanto para pobres. Em Samaria vendia-se até cabeça de jumento por oitenta peças de prata. Já a fome supervalorizou até as fezes de pombos, que eram vendidas por cinco peças de prata cada duzentas gramas.

Mas além da falência da terra, faliu-se também a humanidade das pessoas, que chegaram ao ponto de cometer atrocidades para matar a fome. As pessoas de Samaria, que viviam acostumadas à fartura, agora disputavam fezes de pombos para se alimentarem e algumas chegaram ao extremo de apelarem para o canibalismo para sobreviverem.

Certa vez, estando o rei de Samaria passando pelo muro da cidade, uma mulher tomada por uma aparência de desespero começou a gritar diante do rei dizendo: Acode-me, ó rei, meu Senhor!

O rei olhou para a mulher e friamente disse: Se o Senhor não te acode, de onde te acudirei eu? Terei eu trigo ou vinho para ajudá-la?

Mas vendo o estado de desespero da mulher, o rei disse-lhe ainda: que tens? Ao ouvir o que a mulher disse, o rei entrou em estado de grande abalo emocional.

A mulher apresentou ao rei uma outra mulher, que não tinha o mesmo parecer de desespero, mas, ainda assim, tinha uma aparência castigada pela miséria que assolava Samaria. Era como se o silêncio dessa segunda mulher disesse que pior do que estava não ficaria mais.

A primeira mulher então desabafou aos prantos o que havia acontecido. Ela disse ao rei que a outra mulher disse a ela: já que não temos mais nada para comer, vamos cozinhar o seu filho hoje e comê-lo, e amanhã cozinhamos o meu filho para fazermos a última refeição de nossas vidas. O rei, já em estado de choque, continuou ouvindo a história da mulher. Ela finalizou dizendo que elas jantaram o filho dela, mas que a outra mulher, no dia seguinte, recusou-se a cozinhar o próprio filho e o escondeu, não cumprindo o trato.

Sem poder suportar mais ouvir a miséria das palavras daquela mulher, o rei, em alto estresse emocional, rasgou as próprias vestes.

O rei começou a caminhar pelo muro da cidade em total desconsolo e o povo viu que ele, por dentro, vestia panos de saco, o que em Israel significava um manifesto de grande sofrimento interior.

O rei perguntou ao profeta Eliseu se foi Deus quem fez cair toda aquela desgraça sobre Samaria. O profeta Eliseu deu a seguinte mensagem da parte Deus ao rei: “Amanhã a esta hora, você poderá comprar em Samaria três quilos e meio do melhor trigo ou sete quilos de cevada por uma peça de prata.” Essa mensagem anunciava que a prosperidade estava chegando à Samaria e que os dias de fome chegavam ao fim.

No dia seguinte, os sírios já haviam fugido de Samaria e deixado no arraial muita abundância de alimentos. Conforme a palavra do Senhor, Samaria foi abençoada com muita fartura. Fiel é Deus!

Textos sugeridos

IIRe 7:1-2 - Eliseu anuncia, da parte de Deus, prosperidade e fartura para Samaria.
IIRe 7:16-18 - O povo recebe de Deus grande fartura.
IIRe 7:19-20 - A pessoa que não creu no anúncio de prosperidade do profeta Eliseu morre atropelada pelo povo que corria em direção à aos alimentos abandonados no arraial dos sírios.
Sl 37:25 - O justo e a sua descendência não mendigarão o pão.



Reflexão

Canibalismo, o extremo da fome ou da miséria espiritual

O canibalismo é uma prática comum para índios selvagens, mas para os demais seres humanos, representa uma aberração da natureza humana praticada apenas em casos extremos de fome, miséria espiritual ou de ambos, como foi o caso das mães canibais de Samaria (II Re 6:24-33).

No caso de grave fome, pessoas podem chegar ao extremo de se alimentarem de carne humana. Em uma história real, dezesseis sobreviventes de uma queda de um avião nos Alpes da América do Sul, depois de comerem os alimentos que restaram no avião e não haver mais o que comer, não tiveram outra opção de sobrevivência senão comerem os cadáveres das pessoas que morreram no acidente.

A Bíblia anuncia previsões de canibalismo para períodos de grave fome vindos em conseqüência do pecado e da ausência de Deus (Lv. 26:29, Jr 19:9; Lm 2:20; Ez.5:10). Infelizmente, há pessoas que interpretam essas previsões erradamente e afirmam que o Antigo Testamento (AT) incentiva o canibalismo. Isso não é verdade, pois, dentro do contexto, esses textos são previsões e não poderiam ser incentivos do canibalismo pois, no próprio AT, Deus proíbe comer sangue e tocar corpos mortos. Além disso, A Bíblia orienta desde o Gênesis uma alimentação saudável para o homem.

Já o canibalismo como miséria espiritual está relacionado a rituais satânicos ou a estado de grave loucura. Em rituais satânicos, acredita-se que comendo a carne de uma pessoa, absorve-se a energia, e o poder dessa pessoa. No caso de loucura, um exemplo foi o alemão Fritz Harmann, conhecido como o Vampiro de Hannover, que foi condenado em 1924 pelo assassinato de 27 garotos. Ele fazia salsicha da carne dos meninos, não somente para consumo próprio, como também para venda em seu açougue.

O canibalismo, portanto, sempre virá de uma necessidade, da loucura humana ou do primitivo desejo de poder, mas não de Deus.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

História 16: O fantasma da fornalha



O fantasma da fornalha

O rei Nabucodonosor constrói uma estátua de ouro e condena Sadraque, Mesaque e Abedenego à fornalha ardente por não a adorarem.
Daniel 3:1-29


No tempo em que os israelitas viviam sob o domínio da Babilônia, o rei Nabucodonosor, para ostentar o seu poder e ser adorado como um deus, construiu uma grandiosa estátua de ouro da sua própria imagem.

Quando a estátua ficou pronta, os governantes e as pessoas importantes da corte do rei Nabucodonosor reuniram-se para consagrar a estátua de ouro. Nesse dia um arauto do rei decretou em alto e bom som que o rei Nabucodonosor ordenara que todas nações sob o domínio da Babilônia deveriam prostar-se e adorar a estátua de ouro quando se tocassem a buzina e todos os tipos de instrumentos de música. O arauto proclamou também que aquele que não se curvasse diante da estátua do rei seria assado no fogo ardente da fornalha.

Quando as buzinas soaram e tocaram-se vários instrumentos de música convocando todos para a adoração da estátua de ouro, as pessoas pararam tudo, ajoelharam-se e adoraram a estátua do rei Nabucodonosor.

Logo depois da adoração coletiva, alguns homens caldeus foram falar com rei Nabucodonosor e denunciaram que alguns judeus não cumpriram o decreto de adorar a estátua do rei. Esses judeus eram Sadraque, Mesaque e Abednego, que trabalhavam como administradores dos negócios do rei na província da Babilônia.

A decisão de Sadraque, Mesaque e Abedenego de não adorarem a estátua de ouro foi um gesto de fidelidade a Deus, mas foi entendida como uma grande afronta ao rei Nabucodonosor. Por isso, o rei, louco de raiva, mandou chamá-los e ameaçou-os dizendo que se eles não adorassem a estátua, iriam direto para a fornalha de fogo ardente. Nabucodonosor, com arrogância, finalizou dizendo: e quem é o Deus que poderá livrar vocês das minhas mãos?

Sadraque, Mesaque e Abedenego mantiveram-se firmes e disseram ao rei que não adorariam os deuses e nem a estátua do rei. Ao ouvir isso, Nabucodonosor, já com a aparência transtornada de fúria, mandou que a fogueira fosse aquecida sete vezes mais. A fogueira ficou tão quente que os homens que jogaram Sadraque, Mesaque e Abedenego na fornalha morreram derretidos pelo ardor das chamas.

Depois que os servos de Deus foram lançados na fogueira, um fenômeno aconteceu na fornalha que abalou o juízo do rei Nabucodonosor. Olhando para a fornalha, o rei de repente levantou-se extremamente assombrado. Nabucodonosor viu quatro homens soltos andando no fogo da fornalha. O rei não conseguia acreditar como seria possível aqueles três homens que foram lançados atados na fogueira sete vezes aquecida poderiam estar andando no meio do fogo sem sofrer uma queimadura sequer. E o mais incrível foi ter aparecido um quarto homem que tinha a aparência sobrenatural de um fantasma, como se fosse o filho dos deuses, conforme imaginou Nabucodonosor.

O rei, ainda em estado de pavor, aproximou-se da fornalha e chamou Sadraque, Mesaque e Abedenego. Eles saíram da fornalha, mas o ser sobrenatural misteriosamente sumiu. O “fantasma da fornalha”, no entanto, deixou rastros marcantes de que o Senhor é Deus e que tem poder para livrar do mal aqueles que lhes são fiéis.

Nabucodonosor então reconheceu que o fantasma da fornalha era um anjo enviado por Deus para salvar os seus servos da fogueira. Assim, o rei Nabucodonosor creu no Senhor como o Deus verdadeiro e fez prosperar Sadraque, Mesaque e Abedenego no seu reino.

Textos sugeridos

Dn.1:1-7 - Os nomes Sadraque, Mesaque e Abedenego
Dn.1:19-20 - A inteligência de Sadraque, Mesaque e Abedenego
Dn.3:1-29 - A história do fantasma da fornalha

Reflexão

Quem acendeu a fogueira das bruxas?


As bruxas carregam dentro de si um grande repúdio pelos cristãos por séculos de perseguição religiosa. Esse repúdio vêm do fato de a Bíblia condenar à morte os feiticeiros (Ex.22:18) e de os cristãos queimarem as bruxas na fogueira no período da idade média. Mas, se as bruxas conhecessem a própria história e o contexto bíblico, entenderiam por que foram condenadas à morte. As feiticeiras antigas mencionadas na Bíblia praticavam sacrifícios humanos, principalmente de crianças, em seus rituais. Afinal de onde vem a figura má da feiticeira dos contos de fadas? Basta voltar no tempo, na história e na realidade. As feiticeiras antigas eram assassinas hediondas.

Na antiguidade, como as leis dos judeus e dos não-judeus puniam os crimes de assassinato? Quase sempre com a pena de morte.

Vale ressaltar que a mesma Bíblia que contém as leis do antigo testamento que punem com a morte é a mesma que contém a ÚNICA lei que dá o perdão a qualquer pecador, até mesmo à pior das feiticeiras. É importante ainda lembrar que uma mulher, por ter cometido adultério, seria, pela lei, apedrejada até a morte, mas Jesus disse: “NEM EU TE CONDENO”(João 8:1-11). Essa é a lei da graça de Deus, é a nova aliança de Deus com a humanidade. Nada pode ser maior que isso!

Quanto à queima das bruxas na fogueira, não foram os cristãos que as mataram, mas os que se diziam cristãos. Esses falsos cristãos que acenderam a fogueira para queimar bruxas foram os mesmos que, em nome de Deus, também mataram inocentes, os profetas e até o próprio filho de Deus. Os verdadeiros cristãos também foram queimados em fogueiras por serem contrários ao poder religioso dominante. Eles ainda são perseguidos, mas perdoam e até morrem para que mensagem da graça salve o mundo do pecado e da falta de amor.

sábado, 7 de maio de 2011

História 15: A incrível transformação das águas em sangue


A incrível transformação das águas em sangue
A primeira praga é lançada sobre o Egito e todas as águas tornam-se em
sangue ao toque da vara de Aarão.

Êxodo 7:19-25


O povo de Israel vivia na terra do Egito como escravo há muito tempo e sofria longe da sua boa terra que manava leite e mel. O Senhor Deus, vendo o sofrimento de seu povo, planejou tirá-lo do Egito e trazê-lo de volta à terra que foi prometida a Abraão, a Isaque e a Jacó. Para isso, o Senhor escolheu Moisés e seu irmão Aarão como representantes do seu povo para falarem com Faraó, o líder do Egito.

A missão de Moisés e Aarão de falar com Faraó para deixar o seu povo retornar à terra prometida não seria fácil. Os israelitas eram muito numerosos e representavam uma lucrativa força de trabalho para os egípcios. Deus avisou a Moisés que o coração de Faraó seria endurecido para não deixar os israelitas saírem do Egito, mas que o Senhor faria muitos milagres até convencer Faraó a libertar os israelitas.

Moisés e Aarão foram falar com Faraó e fizeram tudo como o Senhor ordenara. Eles lançaram a vara de Aarão diante de Faraó e de seus servos e, imediatamente, a vara tornou-se em serpente. No entanto, Faraó não se surpreendeu tanto com esse milagre, pois ele chamou os magos para fazerem o mesmo e assim desmoralizar Moisés e Aarão.

Os magos conseguiram, por magia, converter suas varas em serpentes. Mas, como o poder de Deus sempre surpreende, a vara de Aarão engoliu as varas dos magos.

Ainda assim Faraó endureceu seu coração e dispensou Moisés e Aarão não querendo mais ouvi-los. Deus falou então para Moisés e Aarão mostrarem mais um sinal a Faraó, o que seria a primeira praga lançada sobre toda a terra do Egito.

Deus ordenou que Aarão estendesse a vara sobre as águas do Egito para que se transformassem em sangue. Aarão tocou a sua vara no Rio Nilo, que era a fonte de água que abastecia o Egito antigo e, diante dos olhos de Faraó e de seus servos, as águas incrivelmente foram transformando-se em sangue.

Em pouco tempo, todas as águas do Egito, desde o rio Nilo até os tanques, eram puro sangue. Os peixes, agonizando, morriam na superfície do rio sangrento. Os peixes mortos apodrecidos misturaram-se ao sangue do rio fazendo a terra do Egito feder. Os Egípcios, enojados, sofriam náuseas por causa do odor e do horror das águas sangrentas. Em extremo desespero, os egípcios cavaram poços à procura de água para beberem, pois do rio só jorrava sangue e mais sangue.

Mesmo depois de sete dias fluindo sangue nas terras do Egito, Faraó continuou com o coração endurecido. Os magos, por magia, também conseguiram transformar águas em sangue copiando, assim, o milagre realizado por Deus através de Moisés e Aarão.

Como Deus já falara a Moisés, Faraó só seria convencido a deixar os israelitas saírem do Egito depois de vários milagres. A transformação das águas em sangue foi apenas uma prévia desses milagres. Outras pragas e dias piores ainda estavam por vir ao Egito.

Alguns desses milagres realizados por Moisés e Aarão os magos conseguiram copiar, outros eles conseguiram fazer mas não desfazer e outros, eles não conseguiram sequer imitar. Isso mostra que a magia é limitada e que o poder de Deus é superior a qualquer poder, pois a Deus pertence o controle de todos poderes sobrenaturais.

Textos sugeridos

Ex.7:19-25 - A transformação das águas em sangue
Ex.2:23-25 - Deus se lembra do seu povo
Ex.3:1-10 - O chamado de Moisés para ser o libertador de Israel
Ex.4:27-31 - o encontro de Moisés e Aarão com os Israelitas
Ex.5:1-5 - Moisés e Aarão falam com Faraó
Ex.7:8-13 - Moisés e Aarão realizam o primeiro milagre diante de Faraó

Reflexão

Magia negra e magia branca, as duas versões de um mesmo poder


Os ocultistas diferenciam a magia negra da magia branca. Para eles, a magia negra tem o propósito de destruir e de fazer grande mal às pessoas. Já a magia branca é utilizada para o bem e para desfazer os efeitos danosos da magia negra.

Deus proíbe a feitiçaria seja ela para o bem ou para o mal (Dt.18-10-14). Deus conhece o coração do homem e sabe que sua imaginação é essencialmente má (Gn.8:21). O que fazem pessoas más com superpoderes? Elas podem se iludir achando que praticam magia branca até que a natureza má delas seja “provocada”, isto é, quando é despertado o ódio, a inveja, o egoísmo, a vaidade e os seus mais obscuros desejos. Quando isso acontecer, a reação só poderá ser boa se elas forem submissas ao poder de Deus. Mas quem faz feitiços desobedece a Deus e, por isso, não é submisso a Deus. Logo, como poderá dominar sua má natureza para fazer o bem?

Um outro ponto importantíssimo a considerar é a origem dos poderes tanto de magia negra quanto de magia branca. Se a magia branca representa o poder do bem, deveria vir de Deus, certo? Errado, porque Deus a proíbe. Então se um poder sobrenatural não vem de Deus, só pode vir de demônios, que representam o mal.

Para ter uma amostra de que a magia branca não é do bem, basta ler o básico da bruxaria: os livros de Harry Potter. A magia branca em Hogwarts, mais do que para o bem, é usada para azarar, roubar, matar e destruir. De quem é próprio essas ações (Jo 10:10)? Sim, do Diabo. Ele, como no princípio, realiza seu trabalho enganando e até hoje engana os verdadeiros “trouxas”. Quem entender, entenda!


sábado, 23 de abril de 2011

História 14: O milagre do defunto

O milagre do defunto
Um defunto é lançado em uma sepultura e é ressuscitado por um outro defunto.

II Reis 13:20-21


No tempo em que Jeoás era rei de Israel, o profeta Eliseu ficou muito doente. O rei Jeoás foi visitá-lo e chorou muito porque o profeta estava prestes a morrer.

Eliseu foi um grande profeta. O seu nome nunca será esquecido nas terras de Israel porque ele era um verdadeiro homem de Deus. Eliseu realizou muitos milagres e anunciou acontecimentos sobrenaturais porque recebeu porção dobrada do Espírito de Deus através do profeta Elias, de quem Eliseu se tornou sucessor. Depois que Elias subiu ao céu, Eliseu ficou com a capa dele e fez seu primeiro milagre dividindo as águas do rio Jordão e passando no meio delas.

Eliseu, por ser um profeta de Deus, era muito respeitado em Israel. Certa vez, um grupo de garotos começou a zombar dele dizendo “Sobe careca! Sobe careca!”. Eles falavam isso em referência ao fato de Elias ter subido ao céu. Tamanha afronta a um representante de Deus naquela época não ficava impune. Por isso, Eliseu os amaldiçoou em nome do Senhor e, em seguida, duas ursas saíram do bosque e despedaçaram quarenta e dois daqueles garotos que gozavam de Eliseu.

Eliseu tornou-se um homem poderoso no seu tempo porque Deus fazia maravilhas através dele. Os principais milagres realizados por Eliseu foram a multiplicação do azeite de uma viúva, a ressurreição do filho de uma sunamita, a cura do capitão sírio Naamã e o milagre de fazer o ferro de um machado flutuar no rio Jordão. Eliseu também tirou o veneno que havia em um caldo de ervas feito pelos filhos dos profetas apenas jogando farinha na panela.

Eliseu anunciou dias de fartura de alimentos e dias de fome. Por causa da extrema fome que arrasava Israel, a ponto de as pessoas apelarem para o canibalismo, o rei Jorão culpou a Eliseu. O rei jurou que Eliseu ficaria sem a cabeça em menos de um dia. Em resposta, Eliseu mandou dizer que grande abundância de alimentos haveria em Israel no dia seguinte. Foram encontrados alimentos em abundância abandonados no arraial dos sírios. O povo faminto, saiu na direção dos alimentos e atropelou um senhor que trabalhava para o rei. Por ter duvidado da palavra de Deus, Eliseu havia profetizado que esse senhor morreria sem participar daquele grande banquete.

De todos esses fenômenos, o mais extraordinário foi que, pelo espírito do Senhor, Eliseu fez um grande milagre sendo um defunto.

Depois de ser visitado pelo rei Jeoás, Eliseu faleceu por causa da grave doença que sofria. As pessoas sepultaram o corpo de Eliseu e ali lamentaram a sua morte. Depois disso, os moabitas invadiram a terra de Israel no início do ano. E eis que, realizando eles o enterro de um homem, perceberam que vinha na direção deles um bando. Apavorados, jogaram o corpo do defunto na cova em que jazia o cadáver de Eliseu, que já não era mais que ossos. O defunto, ao cair na cova de Eliseu e tocar nos ossos do profeta, imediatamente reviveu e se levantou. Os moabitas que temeram o bando, ao verem o defunto de volta, encontraram motivo maior para correrem em disparada.

A incrível história do defunto que ressuscitou outro defunto foi assim contada nas histórias dos reis de Israel e lembrada até os dias de hoje nas páginas da Bíblia como um grande sinal do poder de Deus.

Textos sugeridos

II Re 13:20-21: O milagre do defunto
II Re 2:9-14: A despedida de Elias e o primeiro milagre de Eliseu
II Re 2:23-25:A terrível morte dos garotos que zombaram de Eliseu
II Re 4:1-7: A multiplicação do azeite da sunamita
II Re 5:1-14:A cura de Naamã
II Re 6:1-7: Eliseu faz o ferro de um machado flutuar

Reflexão

O abandono e a profanação de defuntos


Em abril de 2011, o Brasil chocou-se com o assassinato de doze crianças em uma escola de Realengo no Rio de Janeiro. Wellington Menezes, após realizar vários disparos contra crianças, suicidou-se com um tiro na cabeça. Wellington foi tão repudiado pela sociedade que não houve quem quisesse enterrar o seu corpo.

Por quinze dias, o cadáver de Wellington ficou à espera de alguém que cuidasse do seu enterro. Mas ninguém apareceu, nem mesmo os seus próprios familiares.

Na Bíblia, as pessoas tinham o cuidado de enterrar com zelo seus mortos. Salomão, inclusive, afirma que se um homem não tiver um enterro, um aborto é melhor do que ele (Ec. 6:3). Um caso de abandono de cadáver na Bíblia foi Jezabel, cujo cadáver foi comido pelos cães (II Reis 9:30-37). O caso de Wellington foi semelhante ao de Jezabel. Ambos praticaram crueldades e despertaram o desprezo das pessoas.

Os mortos devem ser enterrados e deixados “em paz” em seus jazigos. No entanto, há pessoas que abrem sepulturas para roubar crânios, abusar sexualmente de defuntos ou para usar cadáveres em rituais satânicos. O vilipêndio ou profanação de cadáveres é condenado pela lei dos homens e também pela Bíblia, pois é uma atitude de agressão e de desrespeito ao corpo que foi criado por Deus.

Os corpos não devem ser abandonados e nem profanados. A Bíblia orienta a enterrar os seus mortos e a continuar a vida, pois os mortos nada mais poderão ser ou fazer depois que entrarem na sepultura (Ec.9:10). Há pessoas, no entanto, que não conseguem enterrar seus mortos pois cultuam a sua memória ou, no pior caso, deles guardam ressentimentos para o resto de suas vidas. É preciso dar mais valor à vida do que a morte. A morte acaba, mas a vida continua.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

História especial: O espetáculo da cruz e a volta dos mortos-vivos

O espetáculo da cruz e
a volta dos mortos-vivos

Os fenômenos que sucederam a crucificação de Jesus Cristo e o fizeram ser reconhecido de fato como o filho de Deus.
Mateus 27:45-56; Lucas 23:44-49


Jesus , depois de ter o corpo arrasado por açoites e pancadas e de sofrer toda sorte de humilhações, passava suas últimas horas de vida pendurado na cruz agonizando de dor e ouvindo zombarias. Os soldados, os sacerdotes, o povo e um dos ladrões crucificados com Jesus escarneciam porque o Cristo salvou os outros e não se salvou do horror da cruz. Eles lançavam-lhe em rosto :” Se és mesmo o rei de Israel, desça da cruz, salva a ti mesmo e então creremos”. Jesus poderia ter descido da cruz naquele momento, mas não desceu porque sabia que a morte seria o seu grande e verdadeiro triunfo. As coisas que seriam vistas depois dela abalariam o mundo e seriam contadas através dos séculos. Assim, muitos creriam no seu nome e no amor de Deus à humanidade. Jesus sabia que do espetáculo da cruz viria a salvação de Deus para os todos homens.

E chegando a hora sexta, que era aproximadamente meio-dia, as trevas cobriram toda a terra como se os céus anunciassem luto pela morte do filho de Deus.

Jesus, perto da hora nona (isto é, próximo das três horas da tarde), gritou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. Algumas pessoas que ali estavam pensaram que ele delirava chamando por Elias, um antigo profeta. Uma delas molhou uma esponja, prendeu-a em uma cana e a entregou a Jesus para beber o vinagre. Quando Jesus provou o vinagre, exclamou em alta voz suas últimas palavras: “Está consumado”. Em seguida, entregou o espírito a Deus e morreu.

As últimas palavras de Jesus soaram com poder no templo, nas ruas e até nos sepulcros de Israel. À hora nona, o véu do templo se rasgou de alto a baixo, significando que a partir da morte de Jesus não haveria mais separação entre Deus e a humanidade. Um grande terremoto fez tremer o chão de Israel colocando em extremo pavor aqueles que acabaram de crucificar o seu rei. As pedras das ruas começaram a rachar-se e os sepulcros foram incrivelmente abertos despertando para a vida aqueles que neles descansavam em paz.

Os corpos dos santos que foram ressuscitados levantaram-se dos seus sepulcros e, depois da ressurreição de Jesus, saíram em marcha. Os mortos-vivos entraram nas cidades e apareceram a muitas pessoas causando pânico total em Israel. Não era a versão bíblica do “Thriller” (terror) e nem o fim do mundo, mas uma mensagem fantástica de que Jesus era verdadeiramente o filho de Deus, como creu o chefe dos soldados, que testemunhou os fenômenos que sucederam a morte de Jesus.

A multidão aglomerou-se para assistir o espetáculo sobrenatural da paixão de Cristo e, vendo o que havia acontecido, voltava batendo nos peitos. Essa mesma multidão, há algumas horas atrás, condenava um inocente dizendo “que o sangue dele caia sobre nós e sobre nossos filhos” (Mt.27:25). Felizmente Jesus, antes de morrer rogou ao Pai que os perdoasse por não saberem o que faziam.

O rasgão no véu do templo, o terremoto e a volta dos mortos-vivos foram apenas um prévia do que ainda estava por vir no terceiro dia da morte de Jesus. Na manhã de um lindo domingo de páscoa, o próprio Jesus saiu do túmulo consolidando o seu triunfo final sobre a morte.

Leituras sugeridas

Mt.27:45-56 - Os fenômenos após a crucificação
Lc.23:48 - A multidão batia nos peitos após verem os fenômenos
Jo 15:13 - A extensão do amor de Jesus
Jo 11:49-51 - Alguém deveria morrer pelo povo
Jo 3:16 - O amor de Deus em dar seu filho pelo mundo
Jo 20:11-18 - o espetáculo da ressurreição

sexta-feira, 15 de abril de 2011

História 13: O funeral de Naim

O funeral de Naim

No funeral do filho de uma viúva da cidade de Naim, Jesus faz o jovem defunto levantar-se do seu caixão.
Lucas 7:11-17


A pequena e sossegada cidade de Naim, das terras de Israel, ganhou única e notória menção nas páginas das sagradas escrituras ao ser visitada por Jesus Cristo durante um triste acontecimento que mobilizou a cidade. Seguido por seus discípulos e por uma grande multidão, Jesus chegou à porta da cidade de Naim e presenciou uma cidade enlutada. Uma outra multidão caminhava pelas ruas de Naim em cortejo fúnebre carregando o caixão de um jovem e seguindo uma triste viúva, que era a mãe do defunto.

Quando Jesus viu o triste semblante da viúva de Naim, sentiu profunda compaixão dela. Jesus não conhecia a viúva, mas sentiu em si mesmo a dor daquela mulher, que já havia perdido o marido e naquele momento chorava a perda do seu único filho. Não havia palavras que consolassem aquela mulher, pois perder marido e filhos, para uma mulher daquela época, era como se perdesse praticamente tudo. Mas Jesus disse a ela duas palavras de consolo que não voltariam vazias: “não chores”.

Jesus aproximou-se e tocou no caixão do rapaz interrompendo o cortejo fúnebre. As pessoas que levavam o caixão pararam para que Jesus olhasse o defunto. Naquele momento, duas multidões, a que seguia Jesus e a que seguia a viúva no cortejo fúnebre, juntaram-se em torno de Jesus e do caixão do rapaz. Aquelas pessoas testemunharam o grande acontecimento que levou a cidade de Naim do anonimato para as páginas das escrituras sagradas.

Ao tocar no caixão do rapaz, Jesus falou claro e diretamente com o defunto: “Jovem, eu te digo: Levanta-te”. Quando essas palavras foram proferidas próximo ao caixão, sinais de vida faziam desaparecer a forte presença da morte no funeral de Naim. O defunto começou a virar-se no caixão chamando a atenção das duas multidões que participavam do funeral. Em pouco tempo, o filho da viúva de Naim estava sentado no caixão e começou a falar. Possivelmente, diante daquela cena, algumas pessoas saíram correndo, outras desmaiaram de susto e outras ficaram paralisadas pelo forte impacto de verem um defunto levantar-se do caixão. Mas, mesmo tomadas por grande pavor, as pessoas glorificaram a Deus e reconheceram que um grande profeta se levantou em Israel e que Deus havia visitado o seu povo naquele dia.

Ninguém, no entanto, poderia ter sentido mais emoção pela ressurreição do jovem do que a mãe dele. A profunda tristeza da viúva cedeu lugar a uma grande alegria no coração. O milagre de Jesus devolveu a vida do rapaz e a alegria de viver de sua mãe. Naquele memorável funeral, do choro fez-se o riso, da tristeza fez-se grande celebração e da morte fez-se vida. Isso é incrível!

O milagre realizado no funeral de Naim logo ganhou repercussão em Israel. Depois da ressurreição do filho da viúva de Naim, rapidamente a fama de Jesus alcançou toda a Judéia e todas as terras vizinhas de Naim. E assim, a pequena e esquecida cidade de Naim, que existe até os dias de hoje em Israel, ficou para sempre lembrada como a cidade onde Jesus ressuscitou o filho único de uma viúva.

Textos sugeridos

Lc.7:11-17 - A história do funeral de Naim
Rm.12:15 - Chorem com os que choram como fez Jesus
ICor 15:16-19 - A importância da ressureição
Jo 5:25-29 - As duas ressurreições
Ec.6:3 - É importante ser enterrado depois de morto

Reflexão

Funeral com cremação: O que vai significar?



A Bíblia não condena explicitamente a cremação. O homem é pó e ao pó tornará, com ou sem cremação. No entanto, enquanto o sepultamento é associado à preservação, a queima de corpos é associada a punições severas (Lv. 20:14; Js. 7:24-26; Dn.3:19-20), à profanação (IIRe.23:16-18) e à destruição (Am 2:1-2).

Segundo a Bíblia, a cremação não anula a ressurreição por dar fim ao corpo, pois os salvos ressuscitarão independentemente do destino de seus cadáveres, já que receberão novos corpos (I Cor 15:35-50; Fil.3:21) .

Muitas pessoas realizam a cremação por acharem uma cerimônia bonita e nobre, mas outros a realizam por motivos religiosos e por ideologias que negam a ressurreição dos mortos. Os ateus, por exemplo, vêem a cremação como uma forma de manifestarem que não acreditam na vida após a morte. Já algumas religiões realizam a cremação por crerem na reencarnação, o que também nega a ressurreição e a salvação através de Jesus pois associa a salvação a vários estágios de evolução da alma em cada reencarnação.

A decisão de enterrar ou cremar o corpo morto deve ser feita com base em propósitos que justifiquem uma dessas opções. Por que assemelhar-se às religiões pagãs quando podemos fazer como os heróis da Bíblia, que sepultaram com zelo os seus restos mortais?

Como cristãos, temos a missão de propagar o evangelho de Jesus enquanto aqui estivermos. Quando daqui sairmos, devemos ter também a preocupação de deixar uma ultima mensagem às pessoas para que elas dêem valor à vida antes e depois da morte. Como você quer que as pessoas interpretem o seu funeral: como um fim à vida ou como uma celebração da sua passagem para a eternidade com Cristo? Pense nisso, o funeral é sua última mensagem!

sábado, 9 de abril de 2011

História 12: O menino lunático

O menino lunático

Jesus cura um menino possuído por uma casta de demônios que só é expulsa com oração e jejum.

Marcos 9:14-29

Há muitos anos atrás, na época de Jesus, uma grande multidão aglomerou-se em torno de um grupo de escribas que discutia um assunto polêmico. Em geral, era Jesus quem discutia com os escribas e ajuntava multidões em torno de si mesmo. Nessa cena, no entanto, o centro das atenções não foi Jesus. Os discípulos dele é que estavam cercados por uma multidão e discutiam com os escribas. Quando Jesus chegou e se aproximou dos discípulos, a multidão correu na direção dele e o saudou. Jesus perguntou aos escribas o que eles discutiam com os discípulos. Manifestou-se então do meio da multidão um homem dizendo que havia trazido o seu filho, que era possuído por um espírito mudo, para Jesus curá-lo. Esse homem disse ainda que pediu aos discípulos de Jesus para expulsarem o espírito que oprimia o menino, mas eles não conseguiram. O pai do menino terminou contando para Jesus diante da multidão que o espírito apossava-se do corpo do menino e o despedaçava até a exaustão. O menino começava então a espumar, a ranger os dentes e, aos poucos, a enfraquecer-se. Ouvindo isso, Jesus exclamou: “Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei ainda? Tragam o menino”. Quando trouxeram o menino, o espírito começou a se manifestar com extrema fúria diante da presença de Jesus. E caindo o menino endemoniado por terra, estrebuchava-se rolando pelo chão e espumava como um cão raivoso. Jesus perguntou ao pai do menino há quanto tempo o menino sofria as opressões do espírito. O pai do menino respondeu a Jesus que isso acontecia desde a infância e que o espírito se apossava do menino lançando-o às vezes no fogo e às vezes na água para destruir o seu corpo. O pai do menino, desesperado, rogou a Jesus que tivesse compaixão deles e ajudasse o menino a ficar bom. Jesus respondeu-lhe: “se tu podes crer, tudo é possível ao que crê”. Chorando, o pai do menino disse a Jesus: “eu creio, Senhor! Ajuda-me a ter mais fé”. E vendo Jesus que a multidão aglomerava-se para ver a manifestação do espírito no corpo do menino, disse ao espírito: “espírito mudo e surdo, eu te ordeno: sai dele e não entre mais!”. O espírito começou a agitar-se com violência no corpo da criança e saiu. O menino caiu então como se estivesse morto. A multidão, perplexa, começou a dizer que o menino tinha morrido. Mas Jesus, tomando o menino pela mão, ergueu-o, e ele se levantou. Voltando Jesus para casa, os discípulos perguntaram por que eles não conseguiram expulsar o espírito, já que Jesus lhes tinha dado poder para isso. Jesus disse-lhes: Esta casta de demônios não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum.


Textos sugeridos



  • Mc 9:14-29 - A história do menino lunático segundo Marcos

  • Lc 9:37-43 - A história do menino lunático segundo Lucas

  • Mt.17:14-21 - A história do menino lunático segundo Mateus

  • Rm.8:1 - Nenhuma condenação há para quem está em Cristo Jesus

  • Mt.10:1 - Jesus deu poder aos discípulos para expulsarem demônios

Reflexão

Crianças em rituais satânicos
Desde a antiguidade praticavam-se rituais de sacrifícios de crianças perante Moloque, que era um demônio. As crianças eram escolhidas para os sacrifícios por terem muita energia de vida e porque são naturalmente puras. A Bíblia, no entanto, proíbe e condena expressamente o sacrifício de crianças (Levítico 18:21; Jeremias 32:35).

Nos dias de hoje, os rituais satânicos realizados com crianças consistem em sacrificá-las, como era na antiguidade, ou em inserir nos corpos delas pontos de comunicação com entidades demoníacas. Esses pontos de comunicação são inseridos nos corpos de crianças através de objetos (agulhas, por exemplo), alimentos (como doces e balas) e, em muitos casos, por abusos sexuais. Por isso, crianças não devem receber alimentos ou presentes sem saberem a procedência desses. Os pais não devem também deixar seus filhos manterem forte convívio com pessoas envolvidas em atividades satanistas e nem deixá-los freqüentar desacompanhados as casas delas.

Quando crianças sofrem abusos físicos e espirituais em rituais satânicos, elas passam a ser vítimas de opressões demoníacas ao longo de suas vidas. Isso porque em seus corpos foram abertas portas para a entrada de demônios. Dessa forma, quando uma criança demonstra sinais de perturbações mentais, ouve vozes freqüentemente, é atormentada por pesadelos e não há explicações e soluções médicas, é muito provável que ela tenha sofrido abusos espirituais. Os pais dessa criança devem buscar orientação espiritual em grupos religiosos que invoquem o poder de Jesus para libertação da ação de demônios.

Para evitar que crianças sejam vítimas de abusos espirituais, os pais devem, principalmente, orar por seus filhos pedindo a proteção de Deus, ensiná-los a ter fé em Jesus e a conhecer a palavra de Deus. Assim saberão e crerão que nenhuma condenação há para quem está em Cristo Jesus (Romanos 8:1).