sábado, 16 de julho de 2011

História 23: O mistério dos defuntos egípcios

O mistério dos defuntos egípcios
Cai a décima praga contra o Egito e defuntos dos primogênitos aparecem nas casas que não têm marcas de sangue nos umbrais das portas.
Êxodo 11:1-10; 12:29-34


A terra do Egito havia sido ferida por nove pragas que assombraram sobremaneira os egípcios. Em poucos dias, os egípcios viram fenômenos como a incrível transformação das águas em sangue, milhares de rãs pulando pela cidade, piolhos de montão nos homens, sarna nos animais, nuvens de moscas e de gafanhotos, apagões e até chuva de pedras com fogo. Mas, para convencer de vez o rei do Egito, o Faraó, a libertar os israelitas, Deus prometeu fazer cair sobre o Egito a décima praga, que foi a mais tenebrosa de todas as pragas.

Quando aparentemente a paz repousava sobre o Egito, eis que no silêncio da meia-noite, ouviram-se gritos de dor e horror em todas as casas. Faraó, seus servos e todos os egípcios acordaram com o alarde de pânico, desespero e choro que abalou todo o Egito.

Chegando a meia-noite daquela pavorosa noite, um destruidor visitou as casas dos egípcios e nelas deixou um rastro de morte. Houve então um grande clamor no Egito qual nunca houve e nunca mais haverá, pois em cada família egípcia chorava-se o defunto do filho mais velho.

Mas, enquanto entre os egípcios ouviam-se gritos e choros de lamentação, na parte do Egito onde residiam os israelitas, não se ouviu sequer um latido de cão.

Curiosamente, nas casas dos israelitas havia marcas de sangue de animal nos umbrais das portas. As casas que tinham essas marcas não foram visitadas pelo destruidor. Por isso, todos os primogênitos dos israelitas foram poupados da morte pelo Senhor Deus.

O mistério dos defuntos egípcios já tinha sido revelado a Faraó antes da morte em massa dos primogênitos. O Senhor avisou a Faraó, através de Moisés e Aarão, que se os israelitas não fossem libertos, os primogênitos das famílias egípcias, desde a casa de Faraó até as casas dos criados, morreriam todos, como também todos os primogênitos dos animais. Mas Faraó não deu ouvidos ao aviso da parte do Senhor.

Quando Faraó entendeu que a morte dos primogênitos era a décima praga enviada por Deus pressionando-o a deixar os israelitas saírem do Egito, ele chamou Moisés e Aarão. Dessa vez, porém, o coração de Faraó não se endureceu diante dos sinais do Senhor. Ao ver o defunto do próprio filho, Faraó sabia que se ele resistisse ao Senhor, coisas piores viriam sobre o Egito e sobre a sua própria casa. Por temor, Faraó então disse a Moisés e a Aarão que saíssem o mais rápido possível do Egito junto com todo o povo de Israel e com tudo o que eles possuíam para servirem ao Senhor bem longe do Egito. Faraó também pediu que Moisés e Aarão o abençoassem, o que talvez traria a ele alívio dos últimos sofrimentos e da dor de perder o seu filho mais velho.

Os egípcios, ainda aterrorisados com a décima praga e temendo uma décima primeira praga, diziam que se o povo de Israel ficasse no Egito, todos os egípcios seriam mortos. Por isso, eles ajudaram os israelitas a saírem do Egito e os apressaram para irem embora logo.

Assim, a décima praga foi para sempre lembrada entre os judeus, pois, depois da morte dos primogênitos egípcios, Faraó libertou os israelitas da escravidão e os deixou sair do Egito. Como memorial da milagrosa saída do Egito, os judeus passaram a comemorar a Páscoa.

Leituras sugeridas
Ex.4:21-23 - antes mesmo de todas as pragas, a morte do primogênito de Faraó foi anunciada.
Ex.11:1-10 - Faraó é avisado que os primogênitos do Egito morreriam se ele não libertasse os israelitas da escravidão.
Ex.12:11-14 - A praga da morte dos primogênitos não atingiria as casas dos israelitas que tivessem marcas de sangue nos umbrais das portas.
Ex.12:29-34 - A morte dos primogênitos
Ex.12:37-42 - A saída do Egito e a páscoa
Hb.11:24-28 - Pela fé, Moisés liderou o povo de Israel e, pela fé, eles saíram do Egito.


Reflexão
Superstições que anunciam morte


Diz a lenda popular que quando uma coruja branca, a rasga-mortalha, pia com um som parecido com o rasgo de seda, alguém próximo do local onde ela cantou morrerá. Outra crença popular afirma que quando alguém sente cheiro de flores, sem haver flores por perto, é um anúncio da chegada de um defunto.

Lendas como essas que saem da imaginação do povo, em geral, surgem de fatos que evidentemente não têm relação entre si, mas que por coincidência, e somente por coincidência, aconteceram simultaneamente. Por exemplo, a lenda da cegonha vem da coincidência de uma população de bebês de um local aumentar quando cegonhas começaram a povoar esse local. De fato, houve o aumento de bêbes com a chegada das cegonhas e, por isso, as pessoas começaram a acreditar que as cegonhas é que traziam os bebês. No entanto, as cegonhas começaram a povoar o local depois que pessoas do local se casavam e construíam as suas casas. O que atraía as cegonhas para o local, na verdade, era o abrigo nos telhados das casas. Por coincidência, os bebês nasceram depois que elas se instalaram nos telhados das casas.

Dessa forma, mais do que coincidências, as pessoas devem buscar relações fortes e verdadeiras entre as coisas que acontecem antes de fazerem vãs previsões. Não é porque uma coruja cantou e uma pessoa morreu, e isso até se repetiu algumas vezes, significa que sempre que uma coruja cantar alguém vai morrer.

A Bíblia reprova os agoureiros, isto é, aqueles que anunciam coisas ruins sem qualquer fundamento de verdade (Dt.18:10-14). Em Jr.10:2, diz o Senhor: “...não aprendais o caminho dos gentios, nem vos espanteis dos sinais do céu, porque com eles se atemorizam as nações”. Portanto, não dêem crédito a corujas, corvos, gatos, flores e outras coisas que anunciem morte , e nem tenham medo delas. O futuro a Deus pertence. Anunciem, portanto, a palavra de Deus como única verdade para o futuro.

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