domingo, 29 de maio de 2011

História 17: A casa dos espíritos

A casa dos espíritos

Um espírito imundo, acompanhado de mais sete espíritos piores do que ele, ocupam uma casa vazia e fazem grande estrago.

Lucas 11:24-28

Um espírito imundo ocupou uma casa por algum tempo. Ele entrou na casa porque as portas estavam abertas e a casa estava vazia. A pessoa que estava responsável por essa casa deixou de vigiá-la e a abandonou à própria sorte. O espírito se alojou na casa e de lá não saiu até que o próprio dono da casa o expulsasse. O espírito imundo não era bem-vindo àquela casa porque, sendo imundo, deixava a casa sempre suja e em grande desordem. O estado de imundícia e de bagunça da casa dava grande prazer ao espírito imundo. O maior divertimento dele era ter liberdade de fazer o que quisesse dentro da casa e lhe causar todos os tipos de danos até destruí-la.

O espírito imundo já havia ocupado aquela casa como se fosse propriedade dele. Porém, certo dia, o dono da casa, vendo que sua casa estava sendo depredada, expulsou o espírito imundo de lá com o seu poder e autoridade de verdadeiro dono da casa. Com muita resistência, o espírito imundo saiu da casa. Mas antes de deixá-la, ele depredou tudo o que pôde dentro da casa como uma forma de retaliação à sua expulsão.

O dono da casa conseguiu despejar o espírito imundo, mas sofreu muito em ver o estado de destruição em que a sua casa estava. Mas mesmo assim, ele estava disposto a reconstruí-la.

Depois de algum tempo, enfim, o dono da casa terminou a obra e a sua casa ficou nova, limpa e muito bem arrumada. Satisfeito com o trabalho que fizera, o dono voltou para a casa do seu pai e entregou a sua casa para a mesma pessoa que antes a vigiava.

Infelizmente, a pessoa encarregada de vigiar a casa foi negligente. Ela deixou mais uma vez a casa vazia com as portas abertas.

O espírito imundo, depois que foi expulso da casa onde estava alojado, começou a andar por lugares secos em busca de repouso. Depois de perambular por muitos dias e já cansado de buscar e não achar repouso, o espírito imundo disse para si mesmo: o melhor a fazer é voltar para a casa de onde saí. Assim, o espírito imundo deu meia-volta e fez o caminho de retorno a sua antiga e imunda residência.

Para grande surpresa do espírito imundo, a antiga casa estava com um lindo visual, mais espaçosa, limpa e perfeitamente arrumada. O espírito muito se alegrou, pois agora ele poderia fazer maior estrago.

Como se fosse celebrar uma grande festa, o espírito imundo saiu e trouxe consigo sete convidados, que eram sete espíritos mais imundos do que ele, pois eram verdadeiros espíritos de porcos.

Ao chegarem à casa nova, os sete espíritos de porcos e o espírito imundo lá se instalaram e fizeram uma verdadeira bagunça. Em poucos dias, o estado daquela casa, que deu tanto trabalho para ser reconstruída, tornou-se pior do que quando era habitada apenas pelo espírito imundo. A casa ficava cada vez mais imunda e, se o dono não fosse chamado a tempo, tão logo seria totalmente destruída pela zorra total dos espíritos imundos.

Essa história foi contada por Jesus a uma grande multidão para ensinar como os espíritos demoníacos agem na vida de um homem. A casa é a mente do homem, o dono da casa é Jesus e a pessoa responsável pela casa é o próprio homem. Jesus ensinou que a mente vazia com portas abertas facilita a entrada de demônios e dá a eles o comando de uma vida. Jesus também alertou que aquele que já foi salvo e volta para a vida antiga de pecados caminha para a destruição.


Entenda a história

(1) A Casa = Mente do homem

(2) Casa com portas abertas = Mente com pecados

(3) Casa vazia = Mente sem a palavra de Deus

(4) Dono da casa = Jesus

(5) Responsável pela casa = Homem

(6) Destruição = ação de demônios


Leituras sugeridas

Mt.12:43-45 - A casa dos espíritos imundos na versão segundo Mateus
II Pe 2:20-22 - Retornar à vida de pecados é voltar à lama e ficar em estado pior
Mt.10:1 - Jesus dá poder aos discípulos para expulsar espíritos imundos
Ef.6:12-17 - como proteger-se dos espíritos imundos
Pv.4:23 - Do coração (mente) procedem as saídas (decisões) da vida.


Reflexão


Espíritos zombeteiros e Poltergeist não são de brincadeira

(Veja o epsódio dos espíritos zombeteiros em: http://www.youtube.com/watch?v=QSR-Xw6DPVI&feature=related )

Um dos repetidos episódios da série de televisão humorística mexicana Chaves apresentou uma sessão tosca e cômica de uma comunicação com espíritos zombeteiros.

No final desse episódio, a Bruxa do 71 disse: “Foi bobagem. Porém eu já me convenci de que isso não é verdade. E que somente as pessoas ignorantes podem acreditar em mortos que aparecem ou em coisas semelhantes.”

O episódio não está sendo mais exibido e acredita-se que foi censurado por causa dessa afirmação ofender crenças religiosas ou pelo seu conteúdo impróprio do episódio para crianças.

A "Bruxa do 71" tem razão ao afirmar ser ignorância acreditar que os espíritos dos mortos aparecem. Pois na verdade não são os espíritos de mortos, mas sim demônios disfarçados. Isso é simples de compreender. Deus proíbe a prática de consultar mortos (Dt.18:10-11). A Bíblia também diz que quando uma pessoa morre o espírito volta para Deus que o julgará (Ec.12:7;Ap.20:12). Como a Bíblia proíbe consultar mortos e os mortos não sabem de coisa alguma (Ec.9:5), quem são os espíritos dos mortos com quem algumas pessoas afirmam conversar? Sim, são os demônios que se fazem passar por espíritos dos mortos. Lembre-se que Satanás engana desde o princípio e continua enganando para destruir vidas e afastá-las de Deus. Deus, portanto, proíbe a consulta aos mortos para não sermos vítimas das ações de demônios.

Não acredite que os espíritos zombeteiros e os poltergeist são espíritos brincalhões inofensivos. Isso não é verdade, porque espírito zombeteiro é aquele zomba e poltergeist é um fenômeno de perturbação. Satanás “brinca” para chamar à atenção, enganar e depois destruir. Não consulte demônios e nem “brinque” com eles. Siga a Bíblia!

História 16: As mães canibais

As mães canibais
Em tempo de extrema fome na terra de Samaria, duas mães combinam de cozinhar e comer os próprios filhos.
II Reis 6:24-33



No tempo em que Jorão reinava em Israel, Ben-Hadade, rei da Síria, cercou todas as terras de Samaria com suas tropas. Por ter suas fronteiras fechadas pela Síria, começou a faltar recursos dentro da cidade de Samaria. Como o comércio havia enfraquecido e a cidade estava desabastecida de recursos, até o que não tinha qualquer valor começou a ser vendido por alto preço. Em pouco tempo, faltava tudo na cidade e Samaria foi abalada por uma gravíssima fome. A situação ficou desesperadora tanto para ricos quanto para pobres. Em Samaria vendia-se até cabeça de jumento por oitenta peças de prata. Já a fome supervalorizou até as fezes de pombos, que eram vendidas por cinco peças de prata cada duzentas gramas.

Mas além da falência da terra, faliu-se também a humanidade das pessoas, que chegaram ao ponto de cometer atrocidades para matar a fome. As pessoas de Samaria, que viviam acostumadas à fartura, agora disputavam fezes de pombos para se alimentarem e algumas chegaram ao extremo de apelarem para o canibalismo para sobreviverem.

Certa vez, estando o rei de Samaria passando pelo muro da cidade, uma mulher tomada por uma aparência de desespero começou a gritar diante do rei dizendo: Acode-me, ó rei, meu Senhor!

O rei olhou para a mulher e friamente disse: Se o Senhor não te acode, de onde te acudirei eu? Terei eu trigo ou vinho para ajudá-la?

Mas vendo o estado de desespero da mulher, o rei disse-lhe ainda: que tens? Ao ouvir o que a mulher disse, o rei entrou em estado de grande abalo emocional.

A mulher apresentou ao rei uma outra mulher, que não tinha o mesmo parecer de desespero, mas, ainda assim, tinha uma aparência castigada pela miséria que assolava Samaria. Era como se o silêncio dessa segunda mulher disesse que pior do que estava não ficaria mais.

A primeira mulher então desabafou aos prantos o que havia acontecido. Ela disse ao rei que a outra mulher disse a ela: já que não temos mais nada para comer, vamos cozinhar o seu filho hoje e comê-lo, e amanhã cozinhamos o meu filho para fazermos a última refeição de nossas vidas. O rei, já em estado de choque, continuou ouvindo a história da mulher. Ela finalizou dizendo que elas jantaram o filho dela, mas que a outra mulher, no dia seguinte, recusou-se a cozinhar o próprio filho e o escondeu, não cumprindo o trato.

Sem poder suportar mais ouvir a miséria das palavras daquela mulher, o rei, em alto estresse emocional, rasgou as próprias vestes.

O rei começou a caminhar pelo muro da cidade em total desconsolo e o povo viu que ele, por dentro, vestia panos de saco, o que em Israel significava um manifesto de grande sofrimento interior.

O rei perguntou ao profeta Eliseu se foi Deus quem fez cair toda aquela desgraça sobre Samaria. O profeta Eliseu deu a seguinte mensagem da parte Deus ao rei: “Amanhã a esta hora, você poderá comprar em Samaria três quilos e meio do melhor trigo ou sete quilos de cevada por uma peça de prata.” Essa mensagem anunciava que a prosperidade estava chegando à Samaria e que os dias de fome chegavam ao fim.

No dia seguinte, os sírios já haviam fugido de Samaria e deixado no arraial muita abundância de alimentos. Conforme a palavra do Senhor, Samaria foi abençoada com muita fartura. Fiel é Deus!

Textos sugeridos

IIRe 7:1-2 - Eliseu anuncia, da parte de Deus, prosperidade e fartura para Samaria.
IIRe 7:16-18 - O povo recebe de Deus grande fartura.
IIRe 7:19-20 - A pessoa que não creu no anúncio de prosperidade do profeta Eliseu morre atropelada pelo povo que corria em direção à aos alimentos abandonados no arraial dos sírios.
Sl 37:25 - O justo e a sua descendência não mendigarão o pão.



Reflexão

Canibalismo, o extremo da fome ou da miséria espiritual

O canibalismo é uma prática comum para índios selvagens, mas para os demais seres humanos, representa uma aberração da natureza humana praticada apenas em casos extremos de fome, miséria espiritual ou de ambos, como foi o caso das mães canibais de Samaria (II Re 6:24-33).

No caso de grave fome, pessoas podem chegar ao extremo de se alimentarem de carne humana. Em uma história real, dezesseis sobreviventes de uma queda de um avião nos Alpes da América do Sul, depois de comerem os alimentos que restaram no avião e não haver mais o que comer, não tiveram outra opção de sobrevivência senão comerem os cadáveres das pessoas que morreram no acidente.

A Bíblia anuncia previsões de canibalismo para períodos de grave fome vindos em conseqüência do pecado e da ausência de Deus (Lv. 26:29, Jr 19:9; Lm 2:20; Ez.5:10). Infelizmente, há pessoas que interpretam essas previsões erradamente e afirmam que o Antigo Testamento (AT) incentiva o canibalismo. Isso não é verdade, pois, dentro do contexto, esses textos são previsões e não poderiam ser incentivos do canibalismo pois, no próprio AT, Deus proíbe comer sangue e tocar corpos mortos. Além disso, A Bíblia orienta desde o Gênesis uma alimentação saudável para o homem.

Já o canibalismo como miséria espiritual está relacionado a rituais satânicos ou a estado de grave loucura. Em rituais satânicos, acredita-se que comendo a carne de uma pessoa, absorve-se a energia, e o poder dessa pessoa. No caso de loucura, um exemplo foi o alemão Fritz Harmann, conhecido como o Vampiro de Hannover, que foi condenado em 1924 pelo assassinato de 27 garotos. Ele fazia salsicha da carne dos meninos, não somente para consumo próprio, como também para venda em seu açougue.

O canibalismo, portanto, sempre virá de uma necessidade, da loucura humana ou do primitivo desejo de poder, mas não de Deus.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

História 16: O fantasma da fornalha



O fantasma da fornalha

O rei Nabucodonosor constrói uma estátua de ouro e condena Sadraque, Mesaque e Abedenego à fornalha ardente por não a adorarem.
Daniel 3:1-29


No tempo em que os israelitas viviam sob o domínio da Babilônia, o rei Nabucodonosor, para ostentar o seu poder e ser adorado como um deus, construiu uma grandiosa estátua de ouro da sua própria imagem.

Quando a estátua ficou pronta, os governantes e as pessoas importantes da corte do rei Nabucodonosor reuniram-se para consagrar a estátua de ouro. Nesse dia um arauto do rei decretou em alto e bom som que o rei Nabucodonosor ordenara que todas nações sob o domínio da Babilônia deveriam prostar-se e adorar a estátua de ouro quando se tocassem a buzina e todos os tipos de instrumentos de música. O arauto proclamou também que aquele que não se curvasse diante da estátua do rei seria assado no fogo ardente da fornalha.

Quando as buzinas soaram e tocaram-se vários instrumentos de música convocando todos para a adoração da estátua de ouro, as pessoas pararam tudo, ajoelharam-se e adoraram a estátua do rei Nabucodonosor.

Logo depois da adoração coletiva, alguns homens caldeus foram falar com rei Nabucodonosor e denunciaram que alguns judeus não cumpriram o decreto de adorar a estátua do rei. Esses judeus eram Sadraque, Mesaque e Abednego, que trabalhavam como administradores dos negócios do rei na província da Babilônia.

A decisão de Sadraque, Mesaque e Abedenego de não adorarem a estátua de ouro foi um gesto de fidelidade a Deus, mas foi entendida como uma grande afronta ao rei Nabucodonosor. Por isso, o rei, louco de raiva, mandou chamá-los e ameaçou-os dizendo que se eles não adorassem a estátua, iriam direto para a fornalha de fogo ardente. Nabucodonosor, com arrogância, finalizou dizendo: e quem é o Deus que poderá livrar vocês das minhas mãos?

Sadraque, Mesaque e Abedenego mantiveram-se firmes e disseram ao rei que não adorariam os deuses e nem a estátua do rei. Ao ouvir isso, Nabucodonosor, já com a aparência transtornada de fúria, mandou que a fogueira fosse aquecida sete vezes mais. A fogueira ficou tão quente que os homens que jogaram Sadraque, Mesaque e Abedenego na fornalha morreram derretidos pelo ardor das chamas.

Depois que os servos de Deus foram lançados na fogueira, um fenômeno aconteceu na fornalha que abalou o juízo do rei Nabucodonosor. Olhando para a fornalha, o rei de repente levantou-se extremamente assombrado. Nabucodonosor viu quatro homens soltos andando no fogo da fornalha. O rei não conseguia acreditar como seria possível aqueles três homens que foram lançados atados na fogueira sete vezes aquecida poderiam estar andando no meio do fogo sem sofrer uma queimadura sequer. E o mais incrível foi ter aparecido um quarto homem que tinha a aparência sobrenatural de um fantasma, como se fosse o filho dos deuses, conforme imaginou Nabucodonosor.

O rei, ainda em estado de pavor, aproximou-se da fornalha e chamou Sadraque, Mesaque e Abedenego. Eles saíram da fornalha, mas o ser sobrenatural misteriosamente sumiu. O “fantasma da fornalha”, no entanto, deixou rastros marcantes de que o Senhor é Deus e que tem poder para livrar do mal aqueles que lhes são fiéis.

Nabucodonosor então reconheceu que o fantasma da fornalha era um anjo enviado por Deus para salvar os seus servos da fogueira. Assim, o rei Nabucodonosor creu no Senhor como o Deus verdadeiro e fez prosperar Sadraque, Mesaque e Abedenego no seu reino.

Textos sugeridos

Dn.1:1-7 - Os nomes Sadraque, Mesaque e Abedenego
Dn.1:19-20 - A inteligência de Sadraque, Mesaque e Abedenego
Dn.3:1-29 - A história do fantasma da fornalha

Reflexão

Quem acendeu a fogueira das bruxas?


As bruxas carregam dentro de si um grande repúdio pelos cristãos por séculos de perseguição religiosa. Esse repúdio vêm do fato de a Bíblia condenar à morte os feiticeiros (Ex.22:18) e de os cristãos queimarem as bruxas na fogueira no período da idade média. Mas, se as bruxas conhecessem a própria história e o contexto bíblico, entenderiam por que foram condenadas à morte. As feiticeiras antigas mencionadas na Bíblia praticavam sacrifícios humanos, principalmente de crianças, em seus rituais. Afinal de onde vem a figura má da feiticeira dos contos de fadas? Basta voltar no tempo, na história e na realidade. As feiticeiras antigas eram assassinas hediondas.

Na antiguidade, como as leis dos judeus e dos não-judeus puniam os crimes de assassinato? Quase sempre com a pena de morte.

Vale ressaltar que a mesma Bíblia que contém as leis do antigo testamento que punem com a morte é a mesma que contém a ÚNICA lei que dá o perdão a qualquer pecador, até mesmo à pior das feiticeiras. É importante ainda lembrar que uma mulher, por ter cometido adultério, seria, pela lei, apedrejada até a morte, mas Jesus disse: “NEM EU TE CONDENO”(João 8:1-11). Essa é a lei da graça de Deus, é a nova aliança de Deus com a humanidade. Nada pode ser maior que isso!

Quanto à queima das bruxas na fogueira, não foram os cristãos que as mataram, mas os que se diziam cristãos. Esses falsos cristãos que acenderam a fogueira para queimar bruxas foram os mesmos que, em nome de Deus, também mataram inocentes, os profetas e até o próprio filho de Deus. Os verdadeiros cristãos também foram queimados em fogueiras por serem contrários ao poder religioso dominante. Eles ainda são perseguidos, mas perdoam e até morrem para que mensagem da graça salve o mundo do pecado e da falta de amor.

sábado, 7 de maio de 2011

História 15: A incrível transformação das águas em sangue


A incrível transformação das águas em sangue
A primeira praga é lançada sobre o Egito e todas as águas tornam-se em
sangue ao toque da vara de Aarão.

Êxodo 7:19-25


O povo de Israel vivia na terra do Egito como escravo há muito tempo e sofria longe da sua boa terra que manava leite e mel. O Senhor Deus, vendo o sofrimento de seu povo, planejou tirá-lo do Egito e trazê-lo de volta à terra que foi prometida a Abraão, a Isaque e a Jacó. Para isso, o Senhor escolheu Moisés e seu irmão Aarão como representantes do seu povo para falarem com Faraó, o líder do Egito.

A missão de Moisés e Aarão de falar com Faraó para deixar o seu povo retornar à terra prometida não seria fácil. Os israelitas eram muito numerosos e representavam uma lucrativa força de trabalho para os egípcios. Deus avisou a Moisés que o coração de Faraó seria endurecido para não deixar os israelitas saírem do Egito, mas que o Senhor faria muitos milagres até convencer Faraó a libertar os israelitas.

Moisés e Aarão foram falar com Faraó e fizeram tudo como o Senhor ordenara. Eles lançaram a vara de Aarão diante de Faraó e de seus servos e, imediatamente, a vara tornou-se em serpente. No entanto, Faraó não se surpreendeu tanto com esse milagre, pois ele chamou os magos para fazerem o mesmo e assim desmoralizar Moisés e Aarão.

Os magos conseguiram, por magia, converter suas varas em serpentes. Mas, como o poder de Deus sempre surpreende, a vara de Aarão engoliu as varas dos magos.

Ainda assim Faraó endureceu seu coração e dispensou Moisés e Aarão não querendo mais ouvi-los. Deus falou então para Moisés e Aarão mostrarem mais um sinal a Faraó, o que seria a primeira praga lançada sobre toda a terra do Egito.

Deus ordenou que Aarão estendesse a vara sobre as águas do Egito para que se transformassem em sangue. Aarão tocou a sua vara no Rio Nilo, que era a fonte de água que abastecia o Egito antigo e, diante dos olhos de Faraó e de seus servos, as águas incrivelmente foram transformando-se em sangue.

Em pouco tempo, todas as águas do Egito, desde o rio Nilo até os tanques, eram puro sangue. Os peixes, agonizando, morriam na superfície do rio sangrento. Os peixes mortos apodrecidos misturaram-se ao sangue do rio fazendo a terra do Egito feder. Os Egípcios, enojados, sofriam náuseas por causa do odor e do horror das águas sangrentas. Em extremo desespero, os egípcios cavaram poços à procura de água para beberem, pois do rio só jorrava sangue e mais sangue.

Mesmo depois de sete dias fluindo sangue nas terras do Egito, Faraó continuou com o coração endurecido. Os magos, por magia, também conseguiram transformar águas em sangue copiando, assim, o milagre realizado por Deus através de Moisés e Aarão.

Como Deus já falara a Moisés, Faraó só seria convencido a deixar os israelitas saírem do Egito depois de vários milagres. A transformação das águas em sangue foi apenas uma prévia desses milagres. Outras pragas e dias piores ainda estavam por vir ao Egito.

Alguns desses milagres realizados por Moisés e Aarão os magos conseguiram copiar, outros eles conseguiram fazer mas não desfazer e outros, eles não conseguiram sequer imitar. Isso mostra que a magia é limitada e que o poder de Deus é superior a qualquer poder, pois a Deus pertence o controle de todos poderes sobrenaturais.

Textos sugeridos

Ex.7:19-25 - A transformação das águas em sangue
Ex.2:23-25 - Deus se lembra do seu povo
Ex.3:1-10 - O chamado de Moisés para ser o libertador de Israel
Ex.4:27-31 - o encontro de Moisés e Aarão com os Israelitas
Ex.5:1-5 - Moisés e Aarão falam com Faraó
Ex.7:8-13 - Moisés e Aarão realizam o primeiro milagre diante de Faraó

Reflexão

Magia negra e magia branca, as duas versões de um mesmo poder


Os ocultistas diferenciam a magia negra da magia branca. Para eles, a magia negra tem o propósito de destruir e de fazer grande mal às pessoas. Já a magia branca é utilizada para o bem e para desfazer os efeitos danosos da magia negra.

Deus proíbe a feitiçaria seja ela para o bem ou para o mal (Dt.18-10-14). Deus conhece o coração do homem e sabe que sua imaginação é essencialmente má (Gn.8:21). O que fazem pessoas más com superpoderes? Elas podem se iludir achando que praticam magia branca até que a natureza má delas seja “provocada”, isto é, quando é despertado o ódio, a inveja, o egoísmo, a vaidade e os seus mais obscuros desejos. Quando isso acontecer, a reação só poderá ser boa se elas forem submissas ao poder de Deus. Mas quem faz feitiços desobedece a Deus e, por isso, não é submisso a Deus. Logo, como poderá dominar sua má natureza para fazer o bem?

Um outro ponto importantíssimo a considerar é a origem dos poderes tanto de magia negra quanto de magia branca. Se a magia branca representa o poder do bem, deveria vir de Deus, certo? Errado, porque Deus a proíbe. Então se um poder sobrenatural não vem de Deus, só pode vir de demônios, que representam o mal.

Para ter uma amostra de que a magia branca não é do bem, basta ler o básico da bruxaria: os livros de Harry Potter. A magia branca em Hogwarts, mais do que para o bem, é usada para azarar, roubar, matar e destruir. De quem é próprio essas ações (Jo 10:10)? Sim, do Diabo. Ele, como no princípio, realiza seu trabalho enganando e até hoje engana os verdadeiros “trouxas”. Quem entender, entenda!